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quinta-feira, 3 de abril de 2008

Um olhar sobre a juventude

Os preconceitos contra a juventude é algo antigo. Os ex-jovens caem no equívoco de criticar os filhos sem lembrar-se que também eles foram, no seu tempo, idealistas inquietos. Ser jovem nunca foi fácil, pois a juventude que busca o essencial é sempre um desafio para toda a sociedade.
Quando observamos o rio de estudantes invadirem as calçadas rumo aos colégios, universidades e trabalho, damo-nos conta de que está acontecendo uma imensa peregrinação em direção à vida. Há algo profundamente religioso nesse caminhar dos jovens que almejam investir no seu futuro. Os jovens podem ser em sua essência rebeldes, mas acabam mostrando mais seriedade do que aqueles adultos que se esqueceram dos valores que defendiam quando eram eles mesmos jovens. Eles sonham e querem construir uma sociedade fraterna.

Apesar das aparências, a juventude é a fase mais séria da vida humana. As grandes decisões amadurecem entre os 18 e os 25 anos, quando se define uma vocação profissional, espiritual, familiar e social.

Onde estão os valores da juventude? Eles estão presentes nas diversas camadas da sociedade. Com seu entusiasmo e com suas percepções formidáveis, os jovens continuam sendo protagonistas de uma benéfica transformação cultural. Eles possuem uma carga religiosa que perpassa toda a humanidade. Ao lado de uns poucos perdidos, há um exército de gente que busca dar um sentido à própria vida e trabalha para devolver dignidade à vida dos outros.

O planeta-jovem possui um potencial religioso que explode a toda hora.Somente os cegos não enxergam os valores que a massa juvenil mostra possuir por meio de seus anseios por um mundo fraterno e justo. Eles encontram em associações religiosas e filantrópicas o lugar idôneo para realizar seus próprios ideais. Mesmo aqueles que atravessam um período de confusão e de crise, esperam que a Igreja e os cristãos saibam acolhê-los e transmitir-lhes “um consolo em Cristo, um conforto de caridade, uma comunhão no espírito, uma compassiva ternura.” (Fl 2,1).

No Brasil, são milhões os jovens que vivem o cristianismo de verdade ou procuram em outras expressões religiosas a chance de fazer surgir à civilização do amor. Os jovens não enchem somente os estádios, as boates e as praias. Os que vivem atrás do lazer estonteante é minoria. As longas filas de jovens que enfrentam o desgastante vestibular ou procuram um emprego, demonstram que a nossa juventude pretende construir um futuro cheio de esperança e de justiça. Quando se apagam as esperanças e sonhos dos jovens, aborta-se o futuro da sociedade.

O Brasil pouco conhece e pouco valoriza a juventude que tem. Se a conhecesse, dar-lhe-ia mais condições de vencer a luta brava na construção de uma sociedade solidária. Em nosso país, milhares de jovens estão trabalhando nas paróquias, nas CEBs, nos diversos movimentos da Igreja a serviço dos mais pobres. É um trabalho feito com amor e dedicação, sem medir esforços, nem sacrifícios. Muitos deles aproveitam as férias, não para passear ou descansar, mas para ajudar. Nas inúmeras obras assistenciais e caritativas, podemos encontrar a disponibilidade e a generosidade desses jovens que fazem tudo, não somente de graça, como também com imensa alegria.

Um grande escritor italiano cego e velho declarou: "A juventude pode ser reconhecida através de três sinais essenciais: à vontade de amar, a curiosidade intelectual e o espírito ofensivo.

Certamente não faltam jovens viciados e protagonistas de atos violentos. Infelizmente, as cadeias estão lotadas de gente de baixa idade que se tornou responsável por crimes hediondos. Em vez de revoltar-nos contra os jovens que erraram, é mais correto perguntar-nos o que fazemos para oferecer um ideal de vida a tanta juventude e quais são as nossas responsabilidades. Que tipo de família a sociedade oferece para ela? Qual é o apoio que os nossos governos dão às famílias para que possam educar melhores seus filhos? Que
possibilidade real de crescimento intelectual eles têm?

O filho pródigo, um jovem do evangelho (Lc 15,11-32), voltou para casa, porque se lembrou do Pai, que era bom. Mas quando um jovem não se sente amado não volta e, se volta, descarrega toda a sua raiva sobre quem não soube mostrar-lhe a beleza de uma vida doada aos irmãos.

“Nós jovens da pastoral da juventude fazemos um trabalho muito além do resgate, um trabalho de cidadania. Não queremos crédito por nossas ações, queremos apenas ser respeitados... Falar dos jovens é fácil, difícil é deixar que eles falem. Se eles tivessem mais compreensão, por parte dos adultos, com certeza a humanidade seria mais feliz".

Ricardo Fox

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